Em entrevista
publicada no site de “O Globo” nesta semana, o ex-presidente do Banco Central,
economista Armínio Fraga, sintetizou de forma muito clara a sua visão a
respeito da situação atual do Brasil. Em suas palavras, o país vive uma crise moral e ética e que, embora as instituições
democráticas estejam funcionando, há sinais de quase total desgovernança, com
sinais visíveis como violência, desordem, populismo e corrupção. Em
complemento, afirmou ainda que tal situação
é um espetáculo de horror, pois tal desgovernança acabou por atingir todos
os setores.
Não são poucos os
sinais que evidenciam esse momento triste por que passa o Brasil, e que jogam
por terra os valores mais nobres que poderiam impulsionar o país, como o
sentimento de patriotismo, de prosperidade, de confiança no futuro, entre tantos
outros. A causa mais perversa dessa tragédia é realmente o populismo instalado
a partir dos governos lulopetistas, no início de 2003, quando foi instituído no
país o vale tudo pelo poder, que resultou no MENSALÃO. Mas, com total
desfaçatez e ambição desmedida a roubalheira generalizada e o populismo
continuaram de mãos dadas.
Daí que uma simples
investigação da Polícia Federal acerca da atuação de um doleiro em um posto de
gasolina, batizada com o nome de Operação Laja Jato, acabou por revelar que o
Brasil continuava sendo assaltado por várias organizações criminosas encruadas
no poder. Pior, com a aquiescência do mandatário da nação, que tem nome e
sobrenome: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).
O projeto de
poder do PT só não logrou maior resultado porque o ex-presidente Lula da Silva,
com todo a sua expertise e oportunismo, mesmo contra a vontade de vários
figurões do partido, insistiu em impor como sucessora a ex-presidente Dilma
Rousseff (PT-RS), a pior presidente do Brasil de todos os tempos.
Fosse a
ex-presidente petista menos turrona, mais maleável no meio político e não tão
teimosa em transgredir os preceitos básicos da ciência da Economia, o projeto
de poder lulopetista não teria ruído tão cedo. Não à toa a ex-presidente caiu em
desgraça por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e legar ao país a
maior crise econômica de todos os tempos. O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu
em quase 10% e 14,0 milhões de brasileiros foram deixados ao abandono do desemprego.
O governo de
Michel Temer (PMDB-SP) é apenas contingência do governo anterior, com alguns novos
sócios, na verdade, mas com os mesmos vícios e defeitos da era lulopetista.
Obviamente, por questão de justiça, não se pode ignorar os avanços na área
econômica, que aos poucos vai tirando o Brasil do atoleiro. Contudo, o setor
público continua precisando ser arejado com pensamentos novos, para que o país
possa acompanhar a modernização do mundo.
Neste aspecto estamos
ficando para trás, quando comparado até mesmo com alguns de nossos vizinhos. O
entrave principal continua a ser a velha classe política dirigente do país, sem
excluir o ex-presidente Lula da Silva. Por este ponto é conveniente refletir o
que diz Armínio Fraga, que a mudança de
cultura é a parte mais difícil. Mudar a parte cultural realmente é muito difícil, mas o que não pode faltar é a coragem para mudar.