sexta-feira, 10 de agosto de 2018

A "Idéia" e o Caudilho

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Da cadeia da Polícia Federal em Curitiba o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) se autodefiniu como uma “idéia” ao mandar recado aos “cumpanheiros” para que permaneçam firme na luta por sua candidatura. Então, o ex-presidente é o PT e o PT é o ex-presidente, o que equivale a dizer que ambos formam um só corpo e um só espírito, que se encontram acima das leis e de todos. Daí que da cadeia em Curitiba conseguiu a proeza de implodir a candidatura de Ciro Gomes (PDT-CE), ao neutralizar o PSB, e ainda trouxe de volta o fiel aliado de todos os tempos, o Partido Comunista do Brasil - o PCdoB.
Como se sabe, a “idéia” não deixa de fazer as suas peripécias. O discurso é quase unívoco no partido para manter a candidatura do líder que já nasceu imputada ao fracasso. A ficha é suja, condenada a doze anos e um mês de prisão em segunda estância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, órgão colegiado. Portanto, a “idéia” é inelegível. A condenação é por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, pelo triplex na praia das Anturias no Gurujá – SP, reformado com dinheiro sujo oriundo de empreiteiras que prestavam serviços à Petrobras.
Mesmo condenada por diversos juízes, inclusive com respaldo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente vai tentando encobrir a realidade para transformar-se em vítima. Talvez porque considere a população vulnerável e ingênua, propensa a aceitar o discurso de “perseguido político”. A “idéia” pode ser estapafúrdia e desconectada da realidade, mas o discurso repetido várias vezes aos ouvidos dos desinformados pode ter o poder de transformar-se em verdade, tal como acontece com os fanáticos do MST e com os aloprados e Cia.
Não à toa o ex-presidente mesmo preso continua a liderar as pesquisas de intenção de voto, embora condenado e com vários processos pela frente. Também a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG) lidera a disputa ao Senado Federal por Minas Gerais, não obstante ao péssimo governo (2011/2016) que a levou ao impeachment e deixou o Brasil no atoleiro, na mais profunda crise da história. 
O segundo passo será questionar a legalidade do pleito. Afinal a “idéia” é seletiva e para ela a democracia só é democracia quando prevalece o domínio de um só candidato. O seu, é claro! O discurso até já está pronto: o de que a “eleição sem Lula é fraude”. Por isto, nem a candidatura de Fernando Haddad (PT-SP) deixa de ser cotidianamente questionada. Segundo o ex-presidente, ou a “idéia”, Haddad (PT-SP) encontra-se ainda em “estágio probatório”. Diga-se: se não estiver devidamente submisso não passa!
Até aqui foi dada a Fernando Haddad apenas a função de vice, até que a Justiça Eleitoral dê seu veredicto sobre a elegibilidade do ex-presidente Lula da Silva. No entanto, a presidente do PT, senadora Gleisi Roffmann (PT-PR), fez questão de dizer que segundo Lula da Silva até então “o candidato a presidente sou eu”. A “idéia” é que o centro do universo continuará em Curitiba enquanto o ex-presidente estiver preso.
Os fatos demonstram que o PT funciona em torno de um só núcleo e que as demais lideranças são apenas elementos coadjuvantes, dispostas a desacreditar as instituições de Estado e ferir de morte o Estado Democrático de Direito, sem maior apreço ao País. O problema é que a “idéia” é exclusivista e transformou o partido em uma seita a seu serviço. E no PT não ganha asas quem questiona o que manda o caudilho.   

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Esquerda Desvairada

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A morte da estudante de medicina brasileira Raynéia Gabrielle Lima, na Nicarágua, não passou de mais um ato de selvageria cometido pelas milícias da esquerda radical, criadas pelo ditador nicaraguense Daniel Ortega para sustentação paramilitar de seu governo. Até aqui já foram contabilizados mais de 300 assassinatos, que atingiram, sobretudo, manifestantes contrários a Ortega. Mas a sede de sangue é tanta que não poupam indefesos como Raynéia, que apenas voltava de mais um dia de plantão no hospital em que trabalhava.
Tais atos de selvagerias são justificados pela esquerda desvairada como resistência ao “imperialismo”. Não há aí, entretanto, qualquer gesto de heroísmo, uma vez que nada justifica o assassinado a sangue frio de qualquer cidadão em nome de qualquer ideologia, seja de esquerda ou direita. Na realidade, isto tem o nome de intolerância política, por refutar o direito de expressão, que é um dos princípios mais nobres da democracia. Outro ponto é que ninguém tem o salvo conduto para agir indiscriminadamente, mesmo dizendo que assim o faz em “defesa do povo”.
Fatos bem similares aconteceram recentemente na Venezuela, onde em nome do “socialismo bolivariano” o ditador Nicolás Maduro esmagou a oposição democrática. Muitos jovens foram mortos em manifestações, quer pelas forças oficiais ou milícias. Hoje a Venezuela tem a imprensa amordaçada e a oposição perseguida. São centenas os presos políticos. E o Estado encontra-se totalmente aparelhado em seus três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, enquanto a sociedade civil é vigiada permanentemente pelas forças pró-Maduro.
Mesmo assim, a esquerda brasileira – representada, principalmente, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e pelo Partido Socialista e Liberdade (PSol) - não se cansa de enaltecer aqueles regimes, como se eles fossem “exemplos de luta”. Mas, que país pode ser exemplo de luta se mantém um regime com excesso de intolerância e sem nenhuma democracia?
Vale lembrar que recentemente a Venezuela realizou mais uma eleição cheia de casuísmos e fraudes, sem a participação da oposição democrática e observação estrangeira, como é comum nas democracias. A questão principal é que Nicolás Maduro e seu grupo não admitem alternativa que não seja a de perpetuar no governo. Não por acaso, a Venezuela vivencia a pior crise social e econômica da história, não obstante sua grande produção petrolífera. 
Em razão da falta de transparência em suas eleições, as principais democracias ocidentais manifestaram os mais veementes repúdios ao ditador Nicolás Maduro e ao seu sistema de governo, enquanto a esquerda radical brasileira cobria-lhes de elogios. É inegável, portanto, que a Venezuela é uma ditadura de esquerda movida por muitas mazelas e corrupção, que privilegia apenas a cúpula do governo.   
Por fim, não faltam lições de que por todos os lugares onde a passa a esquerda desvairada vai deixando os seus vestígios.  Há melhor exemplo do que o desastre deixado por Dilma Rousseff (PT-MG)?