quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Troca de valores pelo pouco apreço à Democracia

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Segundo matérias publicadas na grande imprensa, dirigentes petistas teriam repreendido o ex-ministro José Dirceu (PT-SP), ex-presidente daquela agremiação partidária, o PT, pelas declarações dadas ao jornal espanhol El País. Dirceu foi muito claro ao dizer que “dentro do Brasil é uma questão de tempo para a gente tomar o poder, que é diferente de ganhar eleição”. Também exaltou a retirada do poder de investigação do Ministério Público (MP) e enlevou que o Supremo Tribunal Federal (STF) seja transformado em uma “Corte Constitucional”, sem grandes poderes.
Recordamos que José Dirceu só está solto por decisão da Segunda Turma do STF, depois de liminar de iniciativa do ministro José Dias Toffoli. Dirceu é ex-chefe de Toffoli, quando advogado-geral da União durante o governo do ex-presidente Lula da Silva (PT-SP). Atualmente é condenado em dois processos, em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região: O primeiro, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e recebimento de vantagens, a 23 anos e três meses de prisão; O segundo, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a 11 anos e três meses de prisão.
No entanto, não bastam apenas as repreensões do PT, com o único intuito de minimizar o que disse Dirceu junto à opinião pública. Aliás, todos sabem que as declarações do ex-ministro estão no DNA do partido. Projetos como o do “controle social da mídia” e de convocação de uma nova assembléia nacional constituinte vão de encontro ao que diz o ex-ministro, pois objetivam calar a oposição democrática e criar instrumentos legais para a perpetuação no poder, em moldes similares ao que está sendo feito na Venezuela e na Nicarágua. Por isto, o apoio explícito petista àquelas ditaduras.
A atual presidente do PT, senadora Gleisi Roffmann (PT-PR), durante o 23º Encontro do Foro de São Paulo - fórum que reuniu partidos de esquerda da América Latina e do Caribe – proferiu em nome de seu partido que “tem a expectativa de que a Assembleia Constituinte (da Venezuela) possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da Revolução Bolivariana”. Disse, ainda, expressar “forte apoio” e celebrar o que chamou de “constante compromisso do governo” de Nicolas Maduro com a revolução de esquerda naquele país vizinho.
Assim, o PT enaltece a ditadura de Nicolas Maduro, enquanto finge não conhecer nenhum de seus erros, seja no MENSALÃO, no PETROLÃO ou em qualquer outro escândalo ocorrido em seus governos, que não foram poucos. Nem a incompetência do Governo de Dilma Rousseff (PT-MG), que legou ao País uma dívida pública trilionária e mais de 13 milhões de desempregados, como conseqüência da maior crise da nossa história republicana.
O mínimo que o partido deveria fazer é reconhecer, com humildade, seus erros e pedir desculpas ao povo brasileiro, para reconquistar pelo menos um pouco da dignidade perdida.
A bem da verdade, o único que até agora teve essa grandeza foi Antônio Palocci (PT-SP), ex-ministro da Fazenda (Jan. 2003/Mar. 2006), no governo de Lula da Silva, e ministro Chefe da Casa Civil (Jan 2011/Jun. 2011), no governo de Dilma Rousseff, em sua delação premiada à Polícia Federal (PF). Por isto, Palocci que era junto com José Dirceu um dos maiores expoentes do partido, agora é simplesmente demonizado como se só falasse mentiras. Daí que o PT tenha virado uma seita que idolatra no silêncio o malfeito. Vergonhoso, mas nada...

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