quinta-feira, 21 de maio de 2015

Tal criador, tal criatura. Que prevaleça a democracia.

Por mais que o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) se esforce para se descolar do desastroso governo da presidente Dilma Rousseff (PT-RS), tendo em vista a eleição presidencial de 2018, a tarefa não será fácil. A imagem de ambos se encontra hoje profundamente desgastada, como resultado de uma sucessão de erros que foi se somando, desde que PT se instalou no Palácio do Planalto. Não bastasse o projeto de manutenção da hegemonia, como forma de perpetuação no poder.
A realidade é que o desastre começou a ser pavimentado no governo de Lula da Silva, que com absoluta soberba não soube aproveitar o crescimento do mundo, quando o preço das nossas commodities atingiu o ápice, impulsionado pelo mercado da China. Nesse período, em vez de fortalecer a poupança interna e promover o investimento produtivo, tal como mandam as cartilhas elementares de economia, o governo petista priorizou o inchaço da máquina pública e o consumo interno, realizando a política mais populista que se tem notícia desde a instalação da República.
Para piorar a situação, o populismo alicerçado na grandeza do Estado deu brechas para que verdadeiras quadrilhas fossem instaladas no seio do governo e das empresas públicas. Ao mesmo tempo, cerceou-se a iniciativa privada de aplicar recursos na melhoria da infraestrura do país, demonizando-se o capital. Concomitantemente, erramos ainda ao transferir vultosas somas de recursos públicos subsidiadas pelos brasileiros para investimentos em outros países, com intuito exclusivo de alimentar uma política externa ideológica atrasada, não mais concebível no século XXI.
O resultado foi que acabamos gastando muito mais do que podíamos gastar e agora o governo mostra-nos as contas, convidando-nos, impositivamente, aos pagamentos.
Muito bem expôs o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em pronunciamento realizado em programa nacional veiculado esta semana pelo seu partido, o PSDB, ao dizer: “Dessa vez o desarranjo foi longe demais. A crise atinge o bolso das pessoas. Não só a Petrobras foi roubada. O país foi iludido com o sonho de grandeza, enquanto a roubalheira corria solta. O que já se sabe sobre o “Petrolão” é grave o suficiente para que a sociedade condene todos aqueles que promoveram tamanho escândalo”.
Realmente o “desarranjo” se deu de forma generalizada. Não podemos resumi-lo apenas à desorganização política e econômica ou à corrupção sistêmica instalada. Tão grave quanto isto é o arcabouço criado pelo marketing político para esconder a real situação do país, o que também acontece desde que Lula da Silva assumiu a presidência da República, em 2003.
No entanto, repetindo o adágio popular, “ninguém engana para sempre”. A realidade é que o Brasil quebrou.  A causa é única: a incompetência das gestões petistas, tanto do ex-presidente Lula da Silva, como da atual presidente, Dilma Rousseff. Daí a razão para que atualmente nem mesmo os membros de partido do governo se entendam, conforme exposto nas últimas votações da Câmara de Deputados e do Senado Federal.

Sobra, então, no meio da crise, uma presidente fraca, desgastada por problemas econômicos e políticos profundos, além, é claro, por mil contos do vigário. É que no fundo o DNA do criador é o mesmo da criatura. E este é o resultado da escolha democrática. Certamente um erro, mas um preço que ora pagamos pela democracia. 

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